Estratégias de combate à Covid-19 são detalhadas por Pazuello em audiência pública no Senado

Durante audiência com senadores, ministro interino da Saúde apresentou gastos para ajudar estados, municípios e disse acreditar em vacinação da população ainda este ano

Nesta quinta-feira (13), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou de uma audiência pública do Senado Federal para falar aos parlamentares sobre as estratégias adotadas pela pasta para combater a Covid-19 e detalhar os gastos que o Ministério da Saúde têm realizado para dar suporte aos estados durante a pandemia. A reunião foi realizada por meio de uma videoconferência que reuniu senadores da comissão mista que acompanham as ações de combate ao coronavírus.
 
Em uma mensagem otimista sobre a situação do Brasil até o final deste ano, o ministro Pazuello, disse acreditar que a vida seguirá certa normalidade. “Posso afirmar que até o final deste ano, do centro ao norte do país, nós estaremos vivendo uma situação de ‘nova normalidade’, com novos hábitos. E posso afirmar, aqui, que lá para o meio de setembro, por volta do dia 20 de setembro, poderei dizer como estará no centro para o sul do país, na visão do Ministério da Saúde de uma forma bem clara”, destacou aos parlamentares.

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De acordo com o ministro Pazuello, até o momento R$ 20 bilhões foram enviados pelo Ministério da Saúde e recebidos por estados e municípios. O total disponibilizado pelo governo federal foi de quase R$ 42 bilhões em recursos extraordinários destinados exclusivamente para o combate à Covid-19, o que significa dizer que 48% desses recursos estão no destino.  
 
Segundo dados do Ministério da Saúde, o saldo em conta dos fundos municipais e estaduais de saúde vindos de repasses federais é de mais de R$ 25 bilhões dos quais pouco R$ 8 bilhões na esfera estadual e R$ 17 bilhões na esfera municipal.

O ministro interino apresentou uma lista de distribuição de medicamentos feita pela pasta, que soma mais de 19 milhões de unidades. Para se ter uma ideia, apenas do medicamento Cloroquina, foram mais de 5 milhões de comprimidos entregues. Outros três milhões de medicamentos para intubação foram enviados aos estados, além disso, das demandas pelo medicamento Oseltamivir atendidas por região, entre o dia 20 de janeiro e 11 de agosto, foram mais de 14 milhões de unidades do medicamento.         

Em relação à testagem de pessoas suspeitas com Covid-19, o ministro explicou que o governo ampliou a capacidade da rede de laboratórios centrais (Lacens) para o processamento das amostras coletadas e fez convênios para processar a demanda extra. Desta forma, foram distribuídos mais de 13 milhões de testes para todo o Brasil, sendo mais de cinco milhões de RT-PCR que detecta o DNA do vírus, e quase oito milhões de testes rápidos, que detectam os anticorpos.

No total, o país já fez mais de nove milhões de testes, sendo quase quatro milhões de RT-PCR e cerca de cinco milhões de sorológicos. A expectativa é chegar aos 24 milhões de testes moleculares e 22 milhões de testes sorológicos.



Sobre os equipamentos para ajudar no tratamento da doença, foram entregues quase 10 mil ventiladores pulmonares; habilitados mais de 11 mil leitos de UTI, com repasse de R$ 1,7 bilhão a estados e municípios; foram adquiridos 241 milhões de equipamentos de proteção individual; e mais a abertura de crédito extraordinário de R$ 2 bilhões para compra e produção da vacina; além disso, foi realizado o cadastramento de mais de um milhão de profissionais da saúde interessados em atuar na linha de frente do combate à pandemia e de 100 mil estudantes da área de saúde enviados para todas as regiões do país.
 
Por fim, o ministro Eduardo Pazuello, falou sobre as possíveis vacinas contra a Covid-19. De acordo com o interino, ainda este ano deve ser iniciado uma campanha de vacinação para a população. “No final do ano nós estaremos prestes a iniciar a campanha de vacinação que vai começar pela região Centro-Norte, pela simples razão de que ali vai estar iniciando novamente o impacto das contaminações virais, e depois vamos estendendo pelo Brasil como um todo na sequencia”, afirmou.

O Ministério da Saúde segue em busca das estratégias mais eficazes de combate à Covid-19. O caminho promissor, nesse sentido, é a incorporação de tecnologia para produção de vacina capaz de imunizar a população. Atualmente, o governo brasileiro acompanha mais de 200 pesquisas para o desenvolvimento de vacinas e o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), estuda estratégia de vacinação assim que o País tiver acesso à vacina com eficácia comprovada.



Fonte: Brasil 61

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