Reforma Tributária: senadora sergipana defende aprovação urgente e reformulação ampla

Maria do Carmo Alves critica alta carga tributária brasileira e tempo perdido pelas empresas para se manterem dentro das regras



Entre janeiro e maio de 2021, o estado de Sergipe arrecadou um total de R$ 1,86 bilhão de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O total representa uma variação positiva de 23,85% frente ao mesmo período do ano passado. Em 2020, a Unidade da Federação coletou R$ 1,5 bilhão do mesmo tributo. Os números são do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Mesmo com esse quadro, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) reforça a importância de o Congresso Nacional aprovar a Reforma Tributária, e de forma ampla. Ela é crítica à alta carga tributária no País e aos custos e tempo que as empresas gastam para se manterem em conformidade com o sistema tributário brasileiro. 
 
“É urgente que o Brasil aprove essa reforma. É o único País do mundo que paga mais imposto sobre tudo. É importante que se aprove logo essa reforma. Que ela seja ampla, abrangendo todos os impostos”, destaca a parlamentar.

O atual sistema tributário brasileiro é um dos responsáveis pela baixa competitividade do País, pelo quadro de estagnação da economia e perda da posição relativa da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Sergipe também pode ser afetado. O estado possui, atualmente, PIB industrial de R$ 7,5 bilhões, o equivalente a 0,6% da indústria brasileira. Ao todo, o setor emprega 65.327 trabalhadores na indústria. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
 
Diante disso, o professor de Direito Tributário do Ibmec Brasília, Thiago Sorrentino, acredita que somente uma reforma tributária ampla, com inclusão de impostos cobrados pela União, estados e municípios, será capaz de colocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
 
“A reforma tributária tem que ser ampla. Não adianta fazê-la de forma pontual, nem fatiada. O Brasil é um dos países que têm a maior carga para se obedecer à legislação tributária. Não me refiro nem ao custo do tributo em si, mas ao custo para se saber como pagar corretamente esse tributo. Ele é muito alto e chega à casa de 1.500 horas por ano para uma empresa média”, considera.

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Vantagens

Dados que englobam pesquisas de profissionais renomados, que fazem parte de instituições como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a LCA Consultores e a Fundação Getulio Vargas (FGV), apontam que a Reforma Tributária Ampla pode aumentar em até 20% o ritmo de crescimento do PIB do Brasil nos próximos 15 anos.
 
Esse resultado será consequência de ganhos de competitividade da produção nacional em relação aos competidores externos e da melhor alocação dos recursos produtivos.
 
De acordo com o IPEA, por exemplo, com as alterações na forma de se cobrar impostos no Brasil, a pressão dos tributos poderá sofrer uma queda para o cidadão de menor renda, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais.



Fonte: Brasil 61

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