Morte do craque argentino Diego Maradona gera comoção mundial
Dirigentes e atletas de várias modalidades prestam homenagens ao ídolo
O mundo do futebol está de luto pela morte de Diego Armando Maradona. Um dos maiores jogadores de todos os tempos, o argentino faleceu nesta quarta-feira (25), aos 60 anos, devido a um ataque cardiorrespiratório.
As diferentes redes sociais foram tomadas por homenagens ao ídolo. O ex-atacante Careca - que Maradona revelou ser o melhor companheiro de ataque que já teve - recordou a parceria entre eles no Napoli, da Itália, e a amizade entre eles, chamando o argentino de "irmão".
Time onde Maradona mais brilhou no futebol europeu, o Napoli mudou a foto dos perfis nas redes sociais para um escudo na cor preta, sem o tradicional azul, em sinal de luto. Em uma das postagens ao destinadas ao craque, o clube disse que "o mundo aguarda nossas palavras, mas não há palavras para descrever a dor que estamos passando. É o momento de lamentar". A conta oficial do Napoli no Twitter vem replicando desde cedo todas as homenagens prestadas por clubes europeus - Liverpool, Bayern de Munique, Barcelona e Milan, entre outros - e também de times brasileiros.
O argentino é idolatrado em Nápoles de tal forma que o prefeito local, Luigi de Magistris, pretende mudar o nome do estádio municipal, chamado San Paolo, para Diego Armando Maradona. Vestindo a camisa do Napoli entre 1984 e 1990, o ex-jogador foi bicampeão italiano e venceu também a Copa e a Supercopa da Itália, além da Copa da Uefa.
"Diego fez nosso povo sonhar. Ele resgatou Nápoles com sua genialidade. Em 2017, tornou-se cidadão honorário. Diego, napolitano e argentino, você nos deu alegria e felicidade", escreveu Magistris.
Companheiros de Maradona na seleção argentina, como os ex-atacantes Gabriel Batistuta e Claudio Cannigia, também lamentaram o falecimento do ídolo pelas redes sociais. Em depoimento à agência de notícias Reuters, o ex-técnico César Luis Menotti disse estar "destruído" com a morte do craque. "Não tenho nenhuma explicação, muita dor. Não há opinião que sirva diante disso, não tenho cabeça", declarou Menotti.
O atacante Lionel Messi, comandado por Maradona quando o astro dirigiu a seleção argentina, na Copa de 2010, foi outro a se manifestar. No Instagram, o camisa 10 do Barcelona, da Espanha, escreveu que o ídolo "nos deixa, mas não se vai, porque Diego é eterno”.
Sobre a morte do craque argentino, Lionel Messi disse que o ídolo "nos deixa, mas não se vai, porque Diego é eterno”- Reuters/Amr Abdallah Dalsh/direitos reservados
O falecimento de Maradona não comoveu somente aqueles que conviveram ativamente com ele. Atacante da Juventus, da Itália, o português Cristiano Ronaldo disse, pelo Instagram, que se despedia de um "amigo" e que o mundo dava adeus a um "gênio eterno" e a um "mágico inigualável", que não será esquecido. "Parte demasiado cedo, mas deixa um legado sem limites e um vazio que jamais será preenchido. Descansa em paz, craque", comentou o camisa 7.
Pelo Twitter, o francês Kylian Mbappé afirmou que a "lenda" Maradona permanecerá "para sempre" na história do futebol. "Obrigado pelo prazer que você deu a todo o mundo", escreveu o atacante do Paris Saint-Germain, da França. Ele concluiu a postagem lamentando o difícil ano de 2020, marcado por perdas e pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também publicou homenagem ao ídolo argentino no Twitter.
Além de personalidades do futebol, clubes e entidades também se manifestaram nas redes sociais. Pelo Instagram, o heptacampeão mundial Lewis Hamilton publicou nos stories a mensagem "Descanse em paz Maradona". Em seu perfil oficial no Twitter, a Fifa publicou uma mensagem do presidente Gianni Infantino: "É um dia inacreditavelmente triste. Nosso Diego nos deixou. Nossos corações - e os dos que o amavam por quem ele era e o que representava - pararam por um momento. Descanse em paz, querido Diego. Te amamos".
Fora do futebol, Maradona também promoveu reações. Atletas de outras modalidades demonstraram admiração pelo argentino, como o judoca francês Teddy Riner, o ex-velocista jamaicano Usain Bolt e o norte-americano ex-jogador de basquete Magic Johnson. Já o cartunista Maurício de Souza recordou, em uma sequência de postagens no Twitter, o projeto que tinha feito de reproduzir a vida do craque em história em quadrinhos - e que teve teve participação do próprio ídolo - mas que acabou não avançando.
Por Lincoln Chaves
Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Fonte: Agência Brasil